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Cuidado com o aspartame

Cuidado com o aspartame

Por: - Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481
Publicado em 03/04/2018 - Atualizado 07/02/2019

É preciso ter cuidado com o aspartame? Em termos de quantidade de consumo, sim, é preciso ter cuidado. O componente está presente em adoçantes artificiais e a sua ingestão extremamente excessiva pode estar ligada ao desenvolvimento de problemas como dor de cabeça, tontura, náuseas, vômitos, diabetes, déficit de atenção, doença de alzheimer, lúpus sistêmico, convulsões e malformações fetais.

O aspartame está bastante presente na vida das pessoas, mais especificamente em sua alimentação. Ele serve como um substituto do açúcar branco refinado para os diabéticos, por exemplo. Sendo o adoçante artificial mais utilizado no mundo, o aspartame é 200 vezes mais doce que o próprio açúcar e se encontra na maioria dos alimentos lights e diets consumidos no dia a dia, especialmente refrigerantes, chicletes e biscoitos e, até mesmo, em alguns medicamentos.

É por este motivo que as pessoas que seguem uma alimentação balanceada, livre de açúcares, devem ter cuidado com o aspartame de forma ainda mais intensa, visto que podem vir a consumi-lo em maior quantidade. Isso porque essas pessoas costumam trocar a ingestão do açúcar refinado pelos adoçantes artificiais e produtos dietéticos, que, apesar de realmente ajudarem em uma diminuição drástica de calorias, podem fazer mal à sua saúde.

As pesquisas em torno dos malefícios do aspartame dividem opiniões de diferentes cientistas, médicos e estudiosos de todo o mundo. A polêmica já existe há mais de uma década e, após alguns estudos italianos indicarem que o aspartame pode causar sérios danos ao organismo, o debate ganhou ainda mais força. Verifica-se, ainda, que as pesquisas favoráveis ao consumo de aspartame são, normalmente, financiadas por grandes empresas que utilizam o componente em seus produtos, causando uma desconfiança em seus resultados.

Já os especialistas que acreditam fielmente nos malefícios do aspartame, indicam que os problemas ocasionados pelo consumo da substância são lentos e silenciosos, na maioria dos casos. Entretanto, por mais que os malefícios não sejam imediatos, podem afetar áreas como o cérebro e os rins, trazendo o risco de desenvolvimento de várias doenças.

Por que é preciso ter cuidado com o aspartame?

O aspartame é composto por ácido aspártico, fenilalanina e metanol. O grande problema, que faz com que as pessoas tenham que ter cuidado com o aspartame é que o componente, quando exposto a uma temperatura igual ou maior que 30 graus Celsius, é capaz de transformar o metanol presente em sua composição em ácido fórmico e formol, duas neurotoxinas que provocam a morte celular.

Levando em consideração o fato de que a temperatura interna média do corpo humano é em torno de 36 graus Celsius, é possível que, ao se ingerir a substância, ela faça essa transformação e afete a saúde, provocando problemas que, caso não sejam diagnosticados precocemente, podem ser irreversíveis.

É por isso que o aspartame demorou tantos anos para ser liberado pela FDA (Foods and Drugs Administration – Administração dos Alimentos e dos Medicinais), que adiou a sua aprovação até 1981, 20 anos após a sua descoberta, depois de alguns exames laboratoriais apontarem convulsões e tumores cerebrais em animais. Mas é importante saber que as doses administradas em animais são significativamente maiores que o consumo médio de aspartame pelos seres humanos. Além disso, o metabolismo dos animais é muito diferente do nosso.

Ácido aspártico

Já o ácido aspártico, presente no aspartame, é rico em excitotoxinas, que podem causar a morte das células presentes nas fibras nervosas do corpo, causando lesões nos neurônios.

Quando o aspartame é consumido em sua forma líquida, o problema tende a ser pior, como no caso de refrigerantes lights e diets. Neste caso, ele pode ser absorvido com muito mais rapidez pelo organismo, aumentando os riscos à saúde.

Outros possíveis malefícios causados pelo aspartame, além dos já citados no início do artigo, são os seguintes:

  • dores abdominais;
  • ataques de ansiedade;
  • artrite;
  • asma;
  • inchaços causados por retenção líquida;
  • câncer no cérebro (comprovado ainda em estudos com animais, antes da aprovação);
  • dificuldades respiratórias;
  • ardor nos olhos e na garganta;
  • ardor nas vias urinárias;
  • dificuldade de raciocínio lógico;
  • dores na caixa torácica;
  • tosse crônica;
  • afadigamento crônico;
  • estado de confusão mental;
  • depressão;
  • sede ou fome excessivas;
  • avermelhamento do rosto;
  • perda (calvície) ou adelgaçamento dos cabelos;
  • perda da capacidade auditiva;
  • urticária;
  • hipertensão;
  • impotência sexual;
  • predisposição a infecções;
  • insônia;
  • irritabilidade;
  • pruridos;
  • dores nas juntas;
  • laringite;
  • mudanças de personalidade;
  • perda de memória;
  • problemas e mudanças no ciclo menstrual;
  • “formigamento” e dormência das extremidades;
  • ataques de pânico;
  • fobias;
  • dificuldade de pronúncia;
  • dores ao engolir;
  • taquicardia;
  • tremores;
  • tinitus;
  • vertigens;
  • perda de visão;
  • aumento de peso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão diária aceitável de aspartame é de 40 miligramas (mg) por quilo de peso. Para atingir esse limite, uma pessoa de 70 quilos teria de tomar, por dia, 47 latas de refrigerante de 350 ml adoçado com aspartame, ou consumir 73 sachês do produto. Mas já existe um levante de cientistas exigindo a revisão desse valor para baixo.

O mais indicado é fazer uso do aspartame de forma consciente e com bastante moderação. Há alternativas mais saudáveis no mercado, como o açúcar mascavo e a stevia, que, ao contrário do que muitos dizem, não oferece um gosto amargo aos alimentos. Vale a pena, para a manutenção da saúde, experimentar.

Material escrito por:
Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481

Formado em medicina pela UFRGS, o Dr. Gustavo Morellato realizou sua especialização em cirurgia geral no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e em cirurgia plástica pelo Hospital Universitário UFSC. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  Ver Lattes

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