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Quem tem hipertensão pode fazer cirurgia plástica?

Quem tem hipertensão pode fazer cirurgia plástica?

Por: - Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481
Publicado em 20/07/2018 - Atualizado 28/08/2019

Quem tem hipertensão pode fazer cirurgia plástica, tranquilamente? Essa é uma dúvida comum no momento de decidir realizar um procedimento cirúrgico. Antes de tudo, é muito importante que o paciente entenda que é necessário seguir todas as instruções do pré-operatório de qualquer tipo de cirurgia plástica e realizar todos os exames solicitados pelo cirurgião. Assim, os riscos de complicações diminuem bastante e os resultados tornam-se muito mais satisfatórios.

 

Mas será que um paciente com hipertensão pode realizar uma cirurgia plástica? Continue lendo este artigo e tenha todas as informações!

Quem tem hipertensão pode fazer cirurgia plástica?

A hipertensão arterial é um desequilíbrio no organismo que eleva a pressão das artérias, deixando-a acima do normal (até 120×80 mmHg). Caso não seja tratada, é um problema de saúde que pode trazer sérias consequências ao coração, cérebro, rins e até à região ocular, já que envolve os vasos sanguíneos de uma forma geral.

 

Por isso, desde que esteja controlada, a hipertensão não é considerada uma contraindicação para a realização da cirurgia plástica. Todavia, algumas preocupações causadas pela doença podem apresentar risco cirúrgico. Por exemplo, pacientes que sofrem de insuficiência renal, em decorrência da hipertensão, apresentam um risco elevado de haver complicações durante o procedimento.

 

A boa notícia é que a cirurgia plástica é uma operação de caráter eletivo, ou seja, é possível se alinhar completamente à uma boa saúde antes de recorrer ao procedimento. Assim, é válido que o paciente aguarde até que apresente melhores condições de saúde, antes de se submeter à cirurgia plástica.

Condições importantes aos pacientes hipertensos

Existem duas condições válidas para os pacientes hipertensos que desejam realizar uma cirurgia plástica. São elas:

 

  • a pressão arterial deve estar controlada;
  • uma avaliação deve ser feita para demonstrar que a hipertensão não causou outros danos severos ao organismo.

 

Uma avaliação cardiológica também poderá ser solicitada pelo cirurgião plástico, para avaliar o estado de saúde do coração. Exames como o ecocardiograma, o eletrocardiograma, o teste ergométrico e a avaliação do risco cirúrgico são necessários em alguns casos para a liberação do paciente para o procedimento.

Além disso, uma conversa com o médico acerca da situação e intuitos do paciente será realizada. Informações sobre o histórico das doenças adquiridas e hereditárias serão de extrema importância.

Exames importantes para o pré-operatório da cirurgia plástica

Qualquer cirurgia é antecedida por determinados exames. Dessa forma, é possível assegurar o andamento da saúde do indivíduo, no momento anterior ao procedimento, assim como durante o processo cirúrgico e no pós-operatório.

 

Por isso, o cirurgião plástico poderá solicitar um check-up específico para cada caso, estudando o histórico de cada paciente e o tipo de cirurgia que será realizado. Alguns exames clínicos serão solicitados como medida preventiva em praticamente todos os casos. São eles:

 

  • análise sanguínea: hemograma, leucograma, coagulograma, glicemia, ureia, albumina sérica, creatinina e outros;
  • exame de urina;
  • exames de imagem;
  • raio-x;
  • ultrassonografia;
  • ressonância magnética
  • exames cardiológicos;
  • doppler das pernas, importante para verificação de possíveis eventos tromboembólicos.

 

Outra exigência é que os exames pré-operatórios sejam realizados com, no máximo, três meses de antecedência da data marcada do procedimento. Isso porque os exames com tempo maior que esta não são considerados válidos, por não identificar alterações importantes no organismo.

 

Após os exames realizados, o médico e o anestesista dirão se o paciente está apto para realizar a operação. Dessa forma, esses testes evitam complicações durante o procedimento e na fase de recuperação, como infecções graves, anemia ou mesmo um efeito colateral da presença de hipertensão no paciente.

Material escrito por:
Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481

Formado em medicina pela UFRGS, o Dr. Gustavo Morellato realizou sua especialização em cirurgia geral no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e em cirurgia plástica pelo Hospital Universitário UFSC. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  Ver Lattes

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