Por: Gustavo Morellato - Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481
Publicado em 30/03/2017 - Atualizado 07/02/2019
O excesso de pele acima dos olhos ocasiona as pálpebras caídas. Essa condição pode causar muito incômodo para algumas pessoas, pois passa a impressão de que se está sempre cansada ou triste. Mas não é só a aparência que as pálpebras caídas podem comprometer. Dependendo do grau da queda (ou ptose), a visão também pode ser prejudicada pelo problema, que tem diferentes causas.
Geralmente, a pele começa a se acumular sobre os olhos devido ao enfraquecimento do músculo responsável por sustentar as pálpebras, ocasionado pelo processo natural de envelhecimento. No entanto, doenças como a miastenia gravis também podem ser responsáveis pelo acúmulo de pele acima dos olhos, pois também geram fraqueza dos músculos palpebrais.
Somente um médico pode precisar o motivo pelo qual as pálpebras estão caídas. Caso, após informar-se sobre o histórico da paciente, realizar os exames físicos para verificar a existência de alguma doença neurológica grave, infecções e outras possíveis enfermidades, o profissional perceba que a queda das pálpebras se deve apenas aos efeitos da passagem do tempo, existem algumas alternativas para resolvê-la.
O principal tratamento para as pálpebras caídas é a cirurgia corretiva. O procedimento pode ser motivado por fins funcionais, como quando há prejuízo na visão, ou relacionados à aparência. A cirurgia permite levantar a pálpebra ou recolocá-la na sua posição normal Isso faz com que a alteração não interfira na capacidade de visão e melhore o semblante.
Na cirurgia, diversas técnicas podem ser utilizadas, dependendo da gravidade do caso. Pode-se encurtar os músculos que elevam a pálpebra ou realizar uma pequena dobra no músculo levantador para remover o excesso de pele.
Já em casos mais graves, em que o músculo está muito enfraquecido, a pálpebra pode ser suspensa à sobrancelha para que os músculos da testa elevem a região. A cirurgia de pálpebra pode trazer complicações, como em qualquer procedimento cirúrgico, durante ou depois da intervenção. Dentre eles, a infecção, olho seco e hemorragia. Porém, esses efeitos são raros e podem ser prevenidos com medidas adequadas.
O pós-operatório e a recuperação são rápidos, durando cerca de 2 a 3 semanas, caso o paciente siga à risca todas as recomendações médicas.
Conheça outras técnicas para eliminar as pálpebras caídas:
A toxina botulínica é usada quando a flacidez não é muito grande e o excesso de pele sobre as pálpebras é uma consequência do enfraquecimento da musculatura da região da sobrancelha. Nessas situações, a ação da toxina paralisa a musculatura em que é aplicada. Isso colabora para que a pálpebra não caia mais sobre os olhos.
O ácido hialurônico é a principal substância usada para repor o volume da face. Ao ser aplicado abaixo das sobrancelhas, faz com que a área recupere o volume e, consequentemente, estique, proporcionando redução da queda das pálpebras.
A aplicação de laser ajuda a combater a flacidez e estimula a produção de colágeno. Esta proteína é importante para a sustentação da pele.
Nenhum dos procedimentos obtêm resultados definitivos. Todos precisam ser repetidos em algum momento, para que as pálpebras não voltem a cair. Mesmo a cirurgia pode precisar ser repetida. O motivo é que ela não impede a ação natural do envelhecimento, que pode causar, novamente, a queda da pálpebra.
Algumas medidas podem ajudar na prevenção das pálpebras caídas. As que são causadas pelo envelhecimento, podem ser amenizadas com massagens, além de compressas e exercícios visuais. Essas ações melhoram a circulação e a elasticidade da região.
Caso as pálpebras caídas já sejam um problema, a melhor opção é recorrer a um dos tratamentos citados anteriormente. O mais importante é realizar uma avaliação com um cirurgião plástico capacitado, que poderá recomendar o melhor procedimento.
Material escrito por: Gustavo Morellato
Cirurgião Plástico - CRM/SC 16966 | RQE 11481
Formado em medicina pela UFRGS, o Dr. Gustavo Morellato realizou sua especialização em cirurgia geral no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e em cirurgia plástica pelo Hospital Universitário UFSC. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Ver Lattes